O pró-labore é parte intrínseca de empresas de todos os tipos e tamanhos, desde lojas e cafés até startups e pet shops. O porquê disso é simples: toda empresa tem um dono ou sócio e eles precisam de uma remuneração pelo trabalho realizado, claro.
Uma das primeiras coisas que um empresário precisa aprender é separar as contas pessoais da conta da empresa. Isso é um conhecimento básico e que ajuda a evitar problemas no futuro.
Para fazer essa diferenciação, o dono ou sócios da empresa devem receber um pró-labore definido em contrato. Para saber como isso funciona e como calcular o valor correto para sua empresa, basta seguir a leitura!
O que é pró-labore e como ele funciona?
O pró-labore é uma remuneração oferecida pela empresa ao dono, sócios ou administradores que dedicam seu trabalho para a companhia.
É importante diferenciar o pró-labore do salário já que, em termos jurídicos e tributários, eles não são a mesma coisa. Na prática, para o sócio, o pró-labore funciona como um salário, mas para a empresa não.
Por exemplo, o pró-labore é isento de regras obrigatórias que incidem sobre o salário, sabia? Ou seja: não há 13º ou férias nesse caso.
Em compensação, o pró-labore pode ser alterado mais facilmente e pela vontade dos sócios e administradores da empresa. Ele pode ir de R$-1,00 até outros valores que sejam suportados pela saúde financeira da empresa.
Já em termos contábeis, o pró-labore também é diferente do salário pois é taxado de maneira diferente e com regras distintas.
Recentemente, a Receita Federal ajudou a explicar a tributação do pró-labore e recomendamos a leitura do nosso artigo especial para compreender melhor as normas do assunto.
Por que usar o pró-labore na sua empresa?
Agora que já explicamos o que é pró-labore, fica uma segunda questão: ele é obrigatório? Afinal, se o seu valor pode ser de R$-1,00, ele precisa mesmo ser pago?
Sim. Vamos explicar!
Por lei, não pode haver nenhum pagamento para o sócio ou administrador enquanto o pró-labore daquele mês não for depositado para ele. Por essa razão, é importante que haja um valor definido para que permita outras transferências, como a distribuição de lucros.
Além disso, o pró-labore tem outras vantagens importantes. Confira algumas a seguir!
Melhor estrutura administrativa na empresa
Uma das vantagens do uso do pró-labore é adotar uma estrutura administrativa mais adequada para a sua empresa.
Se você não for um microempreendedor individual ou um profissional liberal, não faz sentido não estruturar a sua empresa adequadamente.
Dessa maneira, as coisas ficam mais bem organizadas e você consegue administrar o negócio adequadamente. Além disso já tem muita coisa adiantada, caso queira vender sua empresa no futuro.
Maior controle do fluxo de caixa empresarial
A segunda vantagem para o uso do pró-labore é ter um controle melhor no fluxo de caixa da empresa.
Depois de tirar o seu “salário”, você sabe com certeza quanto sobra em caixa, qual a margem de lucro da empresa e qual o espaço para novos investimentos, endividamento ou expansões.
Maior separação entre dono e empresa
Uma das maneiras para deixar as finanças de uma empresa organizada é separar as contas da companhia das do seu dono ou sócios.
Especialmente com pequenas empresas, é comum que haja uma mistura entre as contas da empresa e do dono. Todo dinheiro que entra na empresa acaba sendo destinado como se fosse do dono também.
Todavia, isso é um hábito ruim de administração, pois camufla os resultados financeiros do negócio e causa confusão tributária e contábil. Por isso, é bom separar as coisas com um pró-labore adequado.
Como calcular um pró-labore justo?
E finalmente chegamos à pergunta valiosa do artigo de hoje: afinal, como calcular um pró-labore que seja justo para o dono ou administradores da empresa?
O primeiro passo para isso é pesquisar no mercado a média salarial que alguém na mesma posição recebe. Por exemplo, quanto um administrador de empresas ganha por mês?
Com base nisso, deve-se olhar para as finanças da empresa e ver se ela já tem as condições de absorver este pró-labore sem prejuízos. Se sim, ótimo! Se não, devemos passar para o próximo passo.
Se a empresa não consegue absorver o pró-labore no momento, então é preciso precificá-lo nos produtos e serviços vendidos. Isso inclui, na prática, em aumentar o preço dos produtos para que caiba o pagamento.
Por exemplo: suponha que você seja o personal trainer da sua academia e o “salário” adequado para isso seja de R$-1.500,00. Considerando que você atenda 300 clientes no mês, o melhor seria subir a mensalidade em R$-5,00 para arrecadar o pagamento.
Como deu para ver, o pró-labore é um recurso financeiro importante na sua empresa. Estabelecer um e passar a segui-lo é um passo crucial para o amadurecimento e crescimento do seu negócio, mostrando que sua firma está na direção certa.
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